quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

ULTIMA HORA: Dirigente da Renamo assassinado hoje a tiro em Nampula,


Dirigente da Renamo assassinado no norte do pais 


Um dirigente da Renamo foi assassinado hoje a tiro por desconhecidos na cidade de Nampula, norte do pais, no segundo dia da trégua temporária declarada pelo lider na Renamo.


Segundo Muchanga, o crime foi cometido com "o mesmo modo de atuação" dos esquadrões da morte que a Renamo alega estarem a operar no centro e norte de Moçambique, visando a eliminação de dirigentes do partido de oposição.
"As informações que vêm do terreno indicam isso, a não ser que a polícia traga as pessoas que fizeram o crime", disse o porta-voz da Renamo sobre a possibilidade de motivações políticas para o homicídio.
Muchanga não quis porém estabelecer uma relação entre o caso e a trégua de uma semana declarada pelo presidente da Renamo, Afonso Dhlakama, após uma conversa telefónica com o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, e que entrou em vigor às 0:00 de quarta-feira.
"O dia de ontem foi bom e estava a correr tudo bem até às 12:00 de hoje", limitou-se a comentar.
Antes de tomar conhecimento deste homicídio, o porta-voz do Comando-Geral da PRM disse à Lusa que a situação era calma.
"Não registámos qualquer perturbação e, até ao momento, as pessoas transitam normalmente nestes pontos", afirmou Inácio Dina, referindo-se às principais estradas do centro de Moçambique e que têm sido as mais atingidas pelo conflito.
Inácio Dina disse, no entanto, que, apesar da calma registada, as escoltas militares obrigatórias vão continuar nos troços das vias mais ameaçadas, para garantir a segurança das populações.
"Este processo faz parte do nosso trabalho. Continuaremos a fazer o que vinha sendo feito", reiterou o porta-voz da PRM.
Na terça-feira, o líder da Renamo anunciou uma trégua de uma semana como "gesto de boa vontade".
Por sua vez, o Presidente moçambicano defendeu, na quarta-feira, que a trégua de uma semana deve servir para encorajar o diálogo visando uma paz duradoura.
Moçambique atravessa uma crise política e militar, marcada por confrontos, no centro e norte do país, entre o braço armado do principal partido de oposição e as Forças de Defesa e Segurança, além de denúncias mútuas de raptos e assassínios de dirigentes políticos das duas partes.
A Renamo acusa a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) de ter viciado as eleições de 2014 e exige governar em seis províncias onde reivindica vitória no escrutínio.
Os trabalhos da comissão mista das delegações do Governo e da Renamo pararam em meados de dezembro sem acordo sobre o pacote de descentralização, um dos temas essenciais das negociações de paz, e os mediadores abandonaram Maputo, referindo que só regressarão se forem convocados pelas partes.
O Presidente moçambicano propôs à Renamo a criação de um grupo de trabalho especializado, "sem distinção política" nem a presença do atual grupo de mediadores para discutir o pacote de descentralização, mas Dhlakama já disse que não vai ceder na presença da mediação internacional.
Além do pacote de descentralização e da cessação dos confrontos, a agenda do processo negocial integra a despartidarização das Forças de Defesa e Segurança, e o desarmamento do braço armado da oposição e sua reintegração na vida civil.

fonte: noticias ao minuto

5 comentários :

  1. Jornaleiros é o que vocês são. O que tem a ver foto da notícia e a notícia em si.?

    ResponderEliminar
  2. O título e sugestivo. Mais o corpo da notícia é muito vazio.obrigado por queimar o nosso tempo.

    ResponderEliminar