Desde a tarde do sábado último, o assunto que domina a ordem do dia
em todos círculos sociais é a declaração supostamente racista da Yara da
Silva, feita no programa televisivo Sabadar da estação para a qual trabalha.
A missão da Yara naquele programa apresentado pelo Emerson Miranda
era estrear-se numa rubrica de dança, onde junto do seu professor
brindou os telespectadores com uma marrabenta. Mas antes mesmo de
dançar, o apresentador perguntara a Yara como tinha sido o processo de
ensaio e a escolha da indumentária. A apresentadora do Manhãs Alegres explicou e no meio do discurso disse: “apesar de eu não ser negra, amarei a capulana como as negras”.
Impressionante é a forma célere como este trecho dominou o pais em
menos de 24 horas. Yara está a ser alvo de todo tipo de crítica, vindo
até de quem não tem legitimidade para opinar sobre o racismo – é aquela
doença de sempre, a figura pública despista-se e, logo, paga o preço da
fama.
Nesta Senda, acompanha-se na maior rede social do mundo, facebook,
dois óbvios movimentos: que estão a favor e contra a apresentadora. Há
quem vai ainda mais longe dizendo que a Soico Televisão devia
expulsá-la, pois o pais não precisa de uma racista que mal conhece a sua
própria raça.
Hoje (8) finalmente Yara da Silva pronuncia-se pela primeira vez sobre o sucedido, nos primeiros minutos do seu programa.
“Fui muito infeliz pela forma com que me pronunciei e quero deixar bem
claro que não sou racista, confesso que errei mas eu nunca me
identifiquei com este tipo de acto. Peço perdão à todos que sentiram-se
ofendidos”, esclareceu com semblante “morto” e com lágrimas a espreitar.
Yara terminou a sua justificação referindo “que aprendemos com nossos próprios erros, podem ter a certeza que aprendi” e agradeceu à todos os que estão a apoiá-la, principalmente a sua família que acompanha de perto a sua dor.
XiGUBO
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