O
Presidente da República, Filipe Nyusi, afirmou que a auditoria ao caso das
dívidas ocultas do país vai ajudar a melhorar a gestão pública e servir para
apurar responsabilidades.
Nyusi falava no sábado aos jornalistas à margem de uma visita ao
norte do país, em reação à entrega à PGR, feita na sexta-feira, do relatório da
auditoria independente realizada pela consultora internacional Kroll.
Filipe Nyusi manifestou ainda
apreço pelo apoio concedido pela Suécia, financiadora do processo de
averiguações conduzido pela consultora.
Em comunicado, a Embaixada da
Suécia em Moçambique anunciou no sábado ter acolhido "favoravelmente"
a entrega do relatório.
A Embaixada da Suécia aguarda da PGR
a partilha de um resumo "com o público moçambicano, o mais breve possível,
e subsequente publicação do relatório completo", concluiu.
O representante do Fundo Monetário
Internacional (FMI) em Moçambique, Ari Aisen, referiu também numa nota
distribuída no sábado esperar a divulgação de um resumo da auditoria até ao
final do mês e, "no devido tempo, do relatório completo".
As reações sucederam-se depois de a
Procuradoria-Geral da República ter anunciado que, após a receção do relatório,
vai "proceder à verificação e análise" do documento, "com vista
a aferir da sua conformidade com os termos de referência".
A divulgação é remetida para breve,
mas sem data definida.
"Finda a análise, a PGR irá, o
mais breve possível, partilhar com o público os resultados, com salvaguarda do
segredo de justiça, uma vez que o processo em sede do qual a auditoria foi
solicitada, ainda se encontra em instrução preparatória", referiu em
comunicado, no sábado.
A consultora Kroll foi escolhida em
novembro de 2016 pela Procuradoria para averiguar a existência de infrações de
natureza criminal, entre outras, no processo de constituição, financiamento e
funcionamento das empresas Proindicus, Ematum - Empresa Moçambicana de Atum e
MAM - Mozambique Asset Management.
Em causa está o destino de cerca de
2,2 mil milhões de dólares de dívidas contraídas entre 2013 e 2014 pelas três
empresas estatais junto de bancos estrangeiros com garantias do Governo que não
foram aprovadas no parlamento nem inscritas nas contas públicas.
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