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domingo, 14 de maio de 2017

Presidente da República diz que auditoria às dívidas vai melhorar gestão pública



O Presidente da República, Filipe Nyusi, afirmou que a auditoria ao caso das dívidas ocultas do país vai ajudar a melhorar a gestão pública e servir para apurar responsabilidades.

Nyusi falava no sábado aos jornalistas à margem de uma visita ao norte do país, em reação à entrega à PGR, feita na sexta-feira, do relatório da auditoria independente realizada pela consultora internacional Kroll.
Filipe Nyusi manifestou ainda apreço pelo apoio concedido pela Suécia, financiadora do processo de averiguações conduzido pela consultora.
Em comunicado, a Embaixada da Suécia em Moçambique anunciou no sábado ter acolhido "favoravelmente" a entrega do relatório.
A Embaixada da Suécia aguarda da PGR a partilha de um resumo "com o público moçambicano, o mais breve possível, e subsequente publicação do relatório completo", concluiu.
O representante do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Moçambique, Ari Aisen, referiu também numa nota distribuída no sábado esperar a divulgação de um resumo da auditoria até ao final do mês e, "no devido tempo, do relatório completo".
As reações sucederam-se depois de a Procuradoria-Geral da República ter anunciado que, após a receção do relatório, vai "proceder à verificação e análise" do documento, "com vista a aferir da sua conformidade com os termos de referência".
A divulgação é remetida para breve, mas sem data definida.
"Finda a análise, a PGR irá, o mais breve possível, partilhar com o público os resultados, com salvaguarda do segredo de justiça, uma vez que o processo em sede do qual a auditoria foi solicitada, ainda se encontra em instrução preparatória", referiu em comunicado, no sábado.
A consultora Kroll foi escolhida em novembro de 2016 pela Procuradoria para averiguar a existência de infrações de natureza criminal, entre outras, no processo de constituição, financiamento e funcionamento das empresas Proindicus, Ematum - Empresa Moçambicana de Atum e MAM - Mozambique Asset Management.

Em causa está o destino de cerca de 2,2 mil milhões de dólares de dívidas contraídas entre 2013 e 2014 pelas três empresas estatais junto de bancos estrangeiros com garantias do Governo que não foram aprovadas no parlamento nem inscritas nas contas públicas.

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